Olá! Caso queiram ler aqui algum texto com um tema especial, façam um comentário! Eu tentarei ser o mais breve possível ao colocar o texto! Beijos, Sandrinha.

domingo, 25 de março de 2012

Um presente especial!

Olá!
Eu tenho andado desaparecida, mas hoje trago-vos um presente especial! Como vocês sabem, estou a escrever um livro, tem-me ocupado imenso tempo, mas está a ser uma experiência diferente da de escrever poemas, é mais demoroso e precisa de mais atenção. E o meu presente especial para vocês é um excerto do livro, é uma parte de auto-reflexão! Ainda não o acabei, mas achei que vocês mereciam. Espero que gostem! Estou à espera de críticas, sem elas não poderei melhorar!
Beijinhos,
Sandrinha

"A casa dos meus pais estava vazia, aproveitei para fazer as malas com calma, chamei um táxi e fui para um hotel. Os acontecimentos naquele dia era o que precisava para por um ponto final na minha família, se eles não acreditam em mim, então estava no momento de deixar de lhes tentar mostrar quem realmente sou. O Sam disse-me várias vezes “O principal motivo por eles te criticarem é a inveja, eles tem inveja do que conseguiste conquistar, da tua personalidade e do teu aspecto. Eles atacam-te porque se sentem ameaçados por ti, porque no fundo eles sabem que nunca conseguiram alcançar-te. Eles não merecem o teu sofrimento nem as tuas lágrimas, por isso esquece-os é a única solução.”, agora percebo que ele tinha razão. A minha tia Bárbara vive num casamento de fachada, o marido dela recusa-se a ter filhos até fez uma vasectomia; a minha tia Carlota queria que o filho dela tivesse alcançado o que eu alcancei, em vez disso está desempregado e casado com uma mulher que se pudesse vendia-o para poder comprar roupa; a minha mãe sempre sonhou viajar pelo mundo, ter uma carreira de sucesso e o que conseguiu foi ter três filhos para cuidar e um marido que é viciado no trabalho; e o Michael queria algum dia ser amada como eu fui amada e amar como amei. Eles invejam-me, mesmo quando cometo erros eles me invejam, porque antes de cometer os erros fui feliz, muito feliz. O meu maior arrependimento foi ter acabado com o Mário, mas agora posso solucionar o problema, posso reconquistá-lo, porque sei que ele ainda me ama como eu o amo. 
Tentei arranjar um voo de regresso a LA para o dia seguinte, mas havia uma greve dos controladores do tráfego aéreo, por isso os voos estavam todos cancelados e só estaria tudo a funcionar normalmente dentro de uma semana. Já deitada apercebi-me que as náuseas tinham passado e de como tinha sido muito parva, porque levei anos a torturar-me sobre o que é que tinha que fazer para eles me aceitarem, para me dizerem como estavam orgulhosos de mim, enquanto a resposta estava mesmo à minha frente. Eu não tinha que fazer nada, eu não precisava de mudar, porque se eles não mudavam por mim então não havia motivo nenhum por mudar por eles. 
Nos dias seguintes não sai do quarto, estava demasiado cansada para enfrentar a sociedade, nem sai para ir ao restaurante. Foram uns dias bastantes aborrecidos, porém sem discussões, brigas, confrontos nem problemas o que foi óptimo para descansar e colocar as ideias em ordem. Estava a arrumar as minhas coisas para ir para Lisboa, porque no dia seguinte de manhã tinha o voo de regresso a LA quando recebo uma chamada da recepção do hotel que havia uma senhora que queria falar comigo. – Quem é que seria? Ninguém sabia onde estava hospedada nem mesmo o Sam, ele achava que estava tudo bem, não lhe tinha contado da enorme discussão que tive no hospital com a minha família. Por isso quem é que podia ser? – Mesmo sem saber quem era, desci, perguntei à rapariga na recepção quem é que queria falar comigo e ela apontou na direcção da minha mãe – depois de tudo como é que ela tinha coragem para me vir procurar? Como? Ou teria vindo para me acusar de mais alguma coisa? Se vinha, veio num mau momento, visto que ainda tinha algumas verdades para dizer."

(Esta história continua.)

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